sexta-feira, 20 de março de 2015

Investimento no processamento pode aumentar rentabilidade do produtor em até 40%

Cooxupé orienta produtores a corrigir eventuais falhas para garantir a classificação do produto visando maior cotação


As técnicas e práticas de manejo do produtor durante o processamento do café após a colheita são as principais responsáveis pelo resultado na classificação do produto, que pode ter uma alteração de até 40% no valor de cotação da saca. Para auxiliar e orientar o produtor, a Cooxupé montou um stand de “Classificação” durante a 14ª FEMAGRI (Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas), que encerra nessa sexta-feira (20/03), em Guaxupé (MG). No local, os produtores têm a oportunidade de conhecer o processo de identificação e avaliação dos grãos e de participar da degustação para classificação do café.
De acordo com Luís Fernando dos Reis, gerente comercial de mercado interno da Cooxupé, a proposta da ação junto aos produtores tem como objetivo explicar a metodologia de classificação e a importância de ter alguns cuidados para melhorar a qualidade do produto final. “Muitas vezes, o resultado da classificação deixa o produtor frustrado. Assim, procuramos demonstrar a diferença, por exemplo, entre um café fino e baixo, que pode ter uma variação média de até 40% no valor. A saca de um café fino é cotado, em média, por R$ 500,00, enquanto um café baixo sai por R$ 300,00. É uma diferença de R$ 200,00 por saca e queremos auxiliar o produtor a reduzir essa margem alcançando uma maior rentabilidade por meio de um café com mais qualidade”, diz.
Para o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, esse tipo de orientação é muito importante em razão de 97% dos cooperados serem de pequeno e médio porte. “Atualmente existem 52 países produtores de café, o consumidor está cada vez mais exigente e a competição é muito grande. Cada vez mais precisamos ter um produtor em condições de disputar e conquistar esse mercado”, afirma.
O produtor Juarez Torres da Silva, de Alpinópolis/MG, diz que a ação é muito importante para orientar em relação aos procedimentos corretos. “Foi possível ter uma boa noção para entender o processo e corrigir algumas práticas para evitar perdas. Na última safra, o meu café foi avaliado como RA-1, mas tive outro que foi classificado como baixo e percebi que poderia ter evitado isso”, afirma o cafeicultor.
Para a produtora Joeci Maria Gonçalves, de Alpinópolis, as orientações contribuem para a organização no manejo do café na propriedade. “Achei muito interessante porque deu para entender como corrigir algumas coisas no terreiro e os cuidados que devemos tomar com o rastreamento da carga. Já tive uma safra com classificação de café baixo e agora consigo entender o que corrigir para evitar isso. No ano passado, meu café foi considerado fino e a diferença é muito grande”, diz Joeci.
Para manter o padrão de qualidade exigido pelo mercado, a Cooxupé mantém um laboratório com profissionais capacitados para apurar as qualidades dos grãos recebidos pelos seus cooperados, orientando-os sobre como obter melhores resultados a cada safra.

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